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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cabo Maciel denuncia uso de documentos de pessoas humildes pelos traficantes


Cabo Maciel defende a criação de Lei que possa ajudar a população humilde que mora nas fronteiras
(Especial - Tabatinga/Am - Jerson Aranha)
Dep. Cabo Maciel vai exigir aferição dactiloscópica nas Certidões


Os membros da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), presidida pelo deputado estadual Cabo Maciel (PR) trazem a público um fato que vem incomodando a Juíza de Direito da 2ª Vara da Comarca de Tabatinga, Kathleen dos Santos Gomes, que é a utilização, pelos traficantes, de documentos de pessoas simples, que são persuadidas ceder suas certidões de nascimento.
De acordo com Cabo Maciel, após a retirada da segunda via da certidão, elas são utilizadas ilegalmente para retirada de carteiras de identidades e outros documentos.
Para Cabo Maciel, esses crimes só são descobertos por acaso, quando há a aferição dactiloscópica no documento de identidade feito pelos policiais federais que atuam na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia.
Para conter esses tipos penais de difícil identificação, o deputado encaminhará Projeto de Lei para os Cartórios de Registro de Pessoas Naturais, se prevenirem logo após a emissão da Certidão de Nascimento, também a identificação dactiloscópica de todas as pessoas.

Marcados nas mãos pelas facções
Ten. Amarildo fala sobre as ações PMAM

No contexto do domínio pela demarcação de área para venda de drogas, outro fato que chamou a atenção dos membros Comissão de Segurança Pública da ALEAM, durante a 13ª Reunião Itinerante foi a dos narcotraficantes estarem marcando, com tatuagem, os adolescentes que são usados no tráfico de drogas, nas mãos, mas também em outras partes do corpo, tornando-os cativos. Essas marcas identificam as facções a que pertencem nos diversos grupos de traficantes que não escolhem suas vítimas.
Segundo Cabo Maciel, isso tem contribuído para o aumento da incidência de crimes, como homicídio, principalmente em razão da pistolagem, decorrente do forte trafico de drogas existente na área de fronteira, exploração de madeira, trafico de animais silvestres, pesca ilegal e biopirataria, além de imigração clandestina, que não tem a devida fiscalização pela falta de um contingente maior de Policiais Federais, da Força Nacional e Militar nas fronteiras.
Os membros da comissão também detectaram que, durante algumas audiências, por ocasião do depoimento das testemunhas, os traficantes realizam ligações para as famílias que se encontram presentes no Fórum de Justiça, ameaçando-as de morte, caso falem algo que os incriminem.
Cabo Elielson ouve lideres comunitários de Tabatinga
Outro caso que na opinião do deputado é absurdo ocorreu quando um narcotraficante estava sendo julgado em Manaus e duas testemunhas foram encaminhadas da Comarca local. Para tentar silenciar as testemunhas, os traficantes mandaram dois pistoleiros matá-los. Neste caso, felizmente, se soube a tempo de alertar as autoridades para proteção das referidas testemunhas.
O fato será encaminhado por relatório, fotos e vídeo pelo deputado Cabo Maciel ao governador Omar Aziz, ao secretário de Segurança Pública, Zulmar Pimentel, ao Comando da Polícia Militar, à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e outros órgãos ligados à Segurança no Amazonas.

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