Cabo Maciel reclamou que o Governo Federal não investe na segurança dos estados e leva os melhores policias à Força Nacional |
A Assembleia Legislativa do Ceará iniciou, no Plenário 13 de
Maio, discussão sobre a situação carcerária brasileira. Mediado pelo
vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS), a audiência pública foi
solicitada pelo presidente da Comissão de Defesa Social da AL, deputado
Delegado Cavalcante (PDT), e tratou da questão da retirada dos presos
recolhidos nas delegacias de polícia, número de casos de homicídios e os
meios de combater a impunidade. Além de um intercâmbio de experiências
positivas entre os estados da Federação. O deputado Cabo Maciel (PR)
cobrou durante sua participação a criação de um Fundo para segurança
pública brasileira a exemplo do que acontece com a saúde e educação.
O evento contou com a presença de
advogados, defensores públicos, policiais civis do País, integrantes do
Ministério Público de vários estados, deputados estaduais, federais,
vereadores e Polícia Militar.
O Amazonas foi representado pelo presidente da Comissão de Segurança
Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Cabo
Maciel que cobrou a criação de um Fundo para Segurança Pública a
exemplo, do que acontece com a Educação e com a Saúde, além de concurso
público para preenchimento de vagas agentes carcerários, administrativos
e para Polícia Rodoviária Federal (PRF), para combater a toneladas de
drogas que ultrapassam as fronteiras através de caminhões e carretas
todos os dias.
Cabo Maciel denunciou ainda o desvio de função dos
policiais civis e militares do Amazonas que passaram a abrir e fechar
portas de celas para presos que superlotam as cadeiras das delegacias.
Maciel cobrou uma parceria forte do Governo Federal com os governos
estaduais, uma vez que só o governo estadual não terá força e recurso
suficiente para impedir que toneladas de drogas ultrapassem as
fronteiras. Além do mais, não adianta só construir presídio, tem que
ressocializar os detentos.
Ao concluir Cabo Maciel alfinetou que o Governo Federal, dizendo que
além de não investir na segurança dos estados que fazem fronteira com o
Brasil, ainda faz o favor de retirar os melhores policiais para compor a
Força de Segurança Nacional.
A promotora de Justiça Fernanda Marinho, responsável pelo evento,
apontou a necessidade de construir unidades prisionais em número
suficiente para abrigar todos os detentos que estão com mandados de
prisão em aberto no País. Segundo ela, são mais de um milhão de mandados
em aberto e, destes, 60 mil só no Ceará. “Quando o Estado não recolhe a
gente paga com a vida”, reclamou. Segundo ela, a solução é fortalecer e
investir na Polícia Civil.
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