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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cabo Maciel diz que Governo Federal precisa fortalecer os Estados no combate às drogas nas fronteiras


FÓRUM LEGISLATIVO DE SEGURANÇA PÚBLICA

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (CSP/ALEAM), deputado estadual Cabo Maciel (PR), durante debate do 1º Fórum Legislativo de Segurança Pública, realizado no Plenário Ruy Araújo da ALEAM, nesta sexta-feira (31), ressaltou que é preciso trabalhar contra a entrada das drogas no Amazonas, principalmente as que vêm de países que fazem fronteira com o Estado.
Deputado descreveu a rota dos traficantes

“A droga entra no Amazonas e segue para outros Estados brasileiros”, afirmou o parlamentar, reforçando que é preciso a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a repressão ao tráfico nacional e internacional de drogas.

Cabo Maciel disse que a finalidade do Fórum é discutir as peculiaridades de cada Estado, para cobrar a participação do Governo Federal, já que o mesmo não pode agir isolado, mas poderá subsidiar e fortalecer os Estados para a criação de mecanismos para o combate das drogas nas fronteiras. “Usando o Exército, a Força Nacional e a Polícia Federal”, completou Cabo Maciel, lembrando que a realidade de cada Estado é conhecida pela Polícia Militar que trabalha nos municípios de fronteira com a Venezuela, Peru e Paraguai. “Só assim poderemos ter planos de segurança para a fronteira do Estado”, frisou.

Força Nacional

O parlamentar também ressaltou a Força Nacional, criada pelo Governo Federal, composta por policiais militares de diversos Estados do Brasil cedidos à União. “Esses policiais estão na fronteira, mas com pouco efetivo”, disse ele, lembrando os chamados “barriga d’água”, apelido dos narcotraficantes dentro dos municípios de Humaitá, Tefé, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, onde usam lanchas com motor potente, de 250HP, enquanto a polícia dispõe de uma pequena lancha com motor de 60HP, e lugar para quatro policias.

Cabo Maciel relatou ainda, que enquanto a policia usa pistola .40 ou 38, os traficantes usam fuzis de fabricação peruana e Russa. “Não podemos brincar de fazer Segurança. Nós precisamos elaborar aplicativos fortes”, recomendou o parlamentar, culpando o Governo Federal por não realizar uma boa segurança na fronteira do Estado. “É preciso manter parceria com o Governo do Estado para investir no combate ao tráfico de droga nas fronteiras”, disse.

Investimentos

Cabo Maciel ressaltou os investimentos milionários que o Governo do Estado está fazendo na Segurança Pública o que, segundo ele, estava sucateada há 20 anos, principalmente no interior do Estado. “Fotografei e filmei todos os municípios e a maioria deles estava com viaturas sucateadas, sem equipamentos e sem policiais”, constatou ele, observando que o Governo do Estado comprou mais de mil viaturas e que já chegaram nos municípios mais distantes, como Boca do Acre e Ipixuna.

Projeto “Ronda no Bairro”

O parlamentar não deixou de ressaltar o programa “Ronda no Bairro”, que já contratou mais de 2,5 mil policiais. “Com a lei, o número de policiais vai para 15 mil no Amazonas. É um projeto audacioso e que está dando certo”, acrescentou o deputado, lembrando que a projeção de salário para os policiais vai até 2016 com percentuais garantidos em lei.

Concurso público

Segundo Cabo Maciel, o Governo do Estado está projetando novos concursos públicos para a classe policial, e já existe um comprometimento do governador em ceder uma parte dos concursados para reforçar o interior do Estado.

Avaliação 

O deputado avaliou o encontro como perspectiva de combate à defesa da Segurança Pública em cada Estado. “A integração da sociedade na força de Segurança, junto aos representantes das comissões de segurança, surtirá o efeito na elaboração da Carta de Manaus”, disse Cabo Maciel, ressaltando que a Carta será encaminhada a Brasília. “É preciso que deputados federais e senadores tomem ciência dos Fóruns que estão sendo realizados com a participação de representantes de cada Estado”, concluiu o parlamentar, pedindo que levem em consideração as ideias e alternativas apresentadas a eles.

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