FÓRUM LEGISLATIVO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Em sua palestra sobre a Amazônia no 1º Fórum
Legislativo de Segurança Pública do Norte, no Plenário Ruy Araújo da Assembleia
Legislativa do Amazonas (ALEAM), nesta sexta-feira (31), o representante do
Comando Militar da Amazônia (CMA), coronel Júlio Cesar Natividade, disse que a
fisiografia (ambiente de selva e os inúmeros rios), além da logística, são os
grandes desafios para defender as áreas de fronteira da Região Norte.
Cel. Júlio César Natividade - CMA |
Segundo o coronel, é difícil o transporte e o
armazenamento nessas áreas e somente as Forças Armadas possuem condições para
isso. A reduzida presença do poder público nas faixas de fronteira é outro
gargalo na opinião do coronel. “A partir do momento que tiver comunidades
melhor estruturadas com o apoio governamental, é possível reduzir crimes e
tráfico de toda a ordem”, afirmou o palestrante, ressaltando que “a presença do
Estado e o apoio das populações nas áreas fronteiriças mostra que algo está sendo
feito e que o Exército e todas as instituições federais são capazes de operar
naquela faixa conjuntamente”.
Segundo o coronel Julio Cesar, o CMA está usando várias
estratégias para evitar os crimes internacionais, ambientais e o tráfico de
drogas e de armas no Brasil, como a presença de diversos pilotões do Exército
ao longo das regiões fronteiriças, que são os olhos e os ouvidos do Exército e
da Nação.
“O Governo Federal tem dado muito apoio neste sentido
por meio dos Ministérios da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores num
cem número de agentes de órgãos governamentais somando esforços para realizar
operações de presença nas faixas de fronteira”, informou o coronel.
Regiões críticas
Na opinião do coronel do CNA, as regiões mais críticas
em áreas de fronteira são Ilha Bela e o norte de Roraima, porque nestes locais
existe um caráter social grande. “A presença de três países com legislação
diferente com focos diferente, já é uma brecha para se transformar numa região
problemática”, disse.
Ele enfatizou que o Norte de Roraima possui diversas
reservas minerais e várias etnias, enquanto na região de Surucucu só se chega
por avião, onde o tráfico de minerais e de drogas é muito latente.
Júlio Cesar disse que está sendo implantado um Sistema
Integrado de Fronteira, principalmente em Rondônia e no Acre, por meio da 17ª
Companhia de Selva, projeto piloto. Já existe dotação financeira para que nos
próximos dez anos o governo federal venha investir mais de R$ 10 milhões.
“Trata-se de um grupo de sensores usado ao longo da
fronteiras brasileira, do Oiapoque ao Chuí, que visa manter uma permanente
vigilância sobre a região fronteiriça.
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