Rendo minhas sinceras
homenagens a todos os moradores do Bairro São José Operário, pelos 35 anos de
fundação, e pela luta desse povo guerreiro que habita nessa região. Que Deus
ilumine a todos. Na certeza que estaremos sempre apostos para defender e lutar
pela melhoria da qualidade de vida de todos os moradores desse bairro de gente
honesta, digna e trabalhadora, que tem contribuindo muitíssimo para o
desenvolvimento de Manaus e porque não dizer do Estado do Amazonas.
Deputado Cabo Maciel
Histórico do bairro
O Bairro São José Operário, está localizado na zona Leste de Manaus. A área onde hoje está localizado o bairro começou a ser ocupada entre o final da década de 1970 e início da de 1980, sendo o segundo bairro a surgir na atual Zona Leste de Manaus. Seus primeiros moradores eram, em grande número, oriundos de outros municípios do Amazonas, ribeirinhos em busca de oportunidades na Zona Franca, e também da periferia da cidade.
A ocupação da área foi marcada por lutas pela posse das terras e envolveram moradores, grileiros, partidos políticos e o poder público, já que havia controvérsias sobre a titularidade dos terrenos. Assim como em toda a Zona Leste, área urbana iniciada a partir da invasão das terras pertencentes à UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que deu origem ao bairro do Coroado, os primeiros ocupantes do São José sofreram violências, tanto por parte de jagunços, a mando de grileiros, quanto do poder público.
No entanto, foi o poder público que buscou solucionar o conflito na área ao fazer a desapropriação das terras e o loteamento, criando o bairro de São José Operário. A iniciativa foi obra do governador José Lindoso e do prefeito de Manaus, José Fernandes. Em junho de 1980 é oficializado o bairro de São José Operário, dividido em lotes medindo oito metros por vinte, distribuídos às famílias carentes, que precisavam comprovar não possuir nenhuma propriedade, ter baixo nível de renda e residir há pelo menos dois anos em Manaus. Para dar característica de loteamento, eram cobradas dos sorteados dos terrenos prestações nunca superiores a 10% do salário mínimo da época, conforme informou o então prefeito José Fernandes, em seu livro de prestação de contas - Retrospectiva 79/80.
O ex-prefeito afirma que criar o São José Operário foi um sonho pessoal realizado. Se sonho, ou não, o certo é que o bairro foi abençoado pelo cardeal Dom Agnelo Rossi, então prefeito da Congregação da Fé da Cúria Romana, em nome do papa João Paulo II, quando ambos estiveram em visita a Manaus, em 1980. A tentativa de urbanização da primeira etapa do bairro foi concluída em 1981, com cerca de quarenta mil pessoas instaladas em lotes com o mínimo de infraestrutura.
A formação do assentamento do bairro
O projeto de urbanização não foi capaz de frear as invasões às áreas próximas ao novo bairro, tendo a prefeitura iniciado, em 1982, a segunda etapa do São José, mas num processo desorganizado, que resultou num assentamento com pouquíssima infraestrutura. Desta vez, o loteamento serviu para abrigar famílias que invadiram áreas da Serra Azul, no Parque Dez, e do Igarapé do 40. Devido à falta de transporte coletivo, muitos moradores do bairro caminhavam até a alameda Cosme Ferreira para conseguir se deslocar a outros bairros. A propriedade das terras do bairro foi questionada pelo empresário Paulo Farias, dono de uma imobiliária famosa por grilar terras em Manaus e travar disputas acirradas com a irmã salesiana Helena Augusta Walcott, na época a maior incentivadora das invasões na cidade.
A luta intensa pela posse das terras em torno do bairro produziu um mártir, o jovem Altenor Cavalcante Araújo, 14 anos, morador do Mauazinho, morto no conflito entre invasores e seguranças do senhor Paulo Farias, o maior grileiro de cidade, que se intitulava proprietário da área, num local onde hoje está localizado o bairro Armando Mendes, uma vez que então toda a região era denominada São José. O conflito pela posse das terras se estende ainda até setembro de 1986, quando cerca de 300 famílias, organizadas por militantes do PCdoB, invadem a área destinada à 3º etapa do bairro São José Operário. No local havia ruas asfaltadas, meio-fio, loteamentos com buracos para fossas assépticas, mas a demora na distribuição dos terrenos levou a nova onda de invasão por ribeirinhos e moradores da periferia de Manaus. Nesta época, o bairro já comportava praticamente um terço da população pobre da cidade de Manaus, com os moradores obtendo sua renda basicamente através do comércio ou da indústria local e, também, por meio de comércio informal.
Serviços públicos
A ocupação da área foi marcada por lutas pela posse das terras e envolveram moradores, grileiros, partidos políticos e o poder público, já que havia controvérsias sobre a titularidade dos terrenos. Assim como em toda a Zona Leste, área urbana iniciada a partir da invasão das terras pertencentes à UFAM (Universidade Federal do Amazonas), que deu origem ao bairro do Coroado, os primeiros ocupantes do São José sofreram violências, tanto por parte de jagunços, a mando de grileiros, quanto do poder público.
No entanto, foi o poder público que buscou solucionar o conflito na área ao fazer a desapropriação das terras e o loteamento, criando o bairro de São José Operário. A iniciativa foi obra do governador José Lindoso e do prefeito de Manaus, José Fernandes. Em junho de 1980 é oficializado o bairro de São José Operário, dividido em lotes medindo oito metros por vinte, distribuídos às famílias carentes, que precisavam comprovar não possuir nenhuma propriedade, ter baixo nível de renda e residir há pelo menos dois anos em Manaus. Para dar característica de loteamento, eram cobradas dos sorteados dos terrenos prestações nunca superiores a 10% do salário mínimo da época, conforme informou o então prefeito José Fernandes, em seu livro de prestação de contas - Retrospectiva 79/80.
O ex-prefeito afirma que criar o São José Operário foi um sonho pessoal realizado. Se sonho, ou não, o certo é que o bairro foi abençoado pelo cardeal Dom Agnelo Rossi, então prefeito da Congregação da Fé da Cúria Romana, em nome do papa João Paulo II, quando ambos estiveram em visita a Manaus, em 1980. A tentativa de urbanização da primeira etapa do bairro foi concluída em 1981, com cerca de quarenta mil pessoas instaladas em lotes com o mínimo de infraestrutura.
A formação do assentamento do bairro
O projeto de urbanização não foi capaz de frear as invasões às áreas próximas ao novo bairro, tendo a prefeitura iniciado, em 1982, a segunda etapa do São José, mas num processo desorganizado, que resultou num assentamento com pouquíssima infraestrutura. Desta vez, o loteamento serviu para abrigar famílias que invadiram áreas da Serra Azul, no Parque Dez, e do Igarapé do 40. Devido à falta de transporte coletivo, muitos moradores do bairro caminhavam até a alameda Cosme Ferreira para conseguir se deslocar a outros bairros. A propriedade das terras do bairro foi questionada pelo empresário Paulo Farias, dono de uma imobiliária famosa por grilar terras em Manaus e travar disputas acirradas com a irmã salesiana Helena Augusta Walcott, na época a maior incentivadora das invasões na cidade.
A luta intensa pela posse das terras em torno do bairro produziu um mártir, o jovem Altenor Cavalcante Araújo, 14 anos, morador do Mauazinho, morto no conflito entre invasores e seguranças do senhor Paulo Farias, o maior grileiro de cidade, que se intitulava proprietário da área, num local onde hoje está localizado o bairro Armando Mendes, uma vez que então toda a região era denominada São José. O conflito pela posse das terras se estende ainda até setembro de 1986, quando cerca de 300 famílias, organizadas por militantes do PCdoB, invadem a área destinada à 3º etapa do bairro São José Operário. No local havia ruas asfaltadas, meio-fio, loteamentos com buracos para fossas assépticas, mas a demora na distribuição dos terrenos levou a nova onda de invasão por ribeirinhos e moradores da periferia de Manaus. Nesta época, o bairro já comportava praticamente um terço da população pobre da cidade de Manaus, com os moradores obtendo sua renda basicamente através do comércio ou da indústria local e, também, por meio de comércio informal.
Serviços públicos
Atualmente, o bairro comporta certa quantidade de prédios públicos: há um posto do corpo de bombeiros, a 9ª DP, um posto do Prato Cidadão, implantado em 2004, um posto dos Correios, um posto S.O.S Manaus, a policlínica Zeno Lazini, o pronto-socorro João Lucio e a maternidade Ana Braga. Ainda hoje a SEMOSB (Secretaria Municipal de Obras) mantém NO bairro um posto para regularizar AS moradias que ainda não receberam o título definitivo de propriedade. O bairro tem boa representação política através de suas associações populares, como a Associação Amigos do São José Operário e o Clube das Mães. A associação realiza reuniões quinzenais e, uma vez ao mês, ocorre reunião geral, para debater problemas do bairro. A associação realiza cursos profissionalizantes de artesanato, corte e costura, computação, entre outros. Segundo o presidente da associação, Vicente Prata, o desemprego é um dos problemas mais preocupante da comunidade.
O São José também apresenta hoje razoável nível da urbanização, com os shoppings São José e Grande Circular, e agências da Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil, Unibanco, inúmeras drogarias e grande rede de lojas. Na área de lazer, os moradores dispõem de campos de futebol, o ginásio do Zezão e a Associação da Grande Família, escola de samba do bairro, que apresenta desfiles no carnaval da cidade anualmente.
O São José também apresenta hoje razoável nível da urbanização, com os shoppings São José e Grande Circular, e agências da Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil, Unibanco, inúmeras drogarias e grande rede de lojas. Na área de lazer, os moradores dispõem de campos de futebol, o ginásio do Zezão e a Associação da Grande Família, escola de samba do bairro, que apresenta desfiles no carnaval da cidade anualmente.
Assessoria - Dep. Cabo Maciel
fonte: http://www.portalamazonia.com.br/secao/amazoniadeaz/interna.php?id=530
Nenhum comentário:
Postar um comentário