quarta-feira, 23 de outubro de 2013








Palácio Provincial  (1874) - "O prédio foi por mais de cem anos quartel da Polícia Militar; atualmente abriga cinco museus abertos à visitação pública. Nestes 344 anos de história, rendo minha homenagem a cidade de Manaus e aos militares do Amazonas, que desde a fundação da Província estiveram sempre apostos, defendendo a segurança do povo amazonense, especialmente  ao povo manauara. (Dep. Cabo Maciel)

O Palacete Provincial integra o conjunto arquitetônico da Praça Heliodoro Balbi, na cidade de Manaus. Localizado no centro, é um imóvel centenário impregnado de importantes fatos ligados à vida social e política do povo amazonense.

A denominação de Palacete Provincial advém do fato de haver servido de sede do governo da Província do Amazonas e de residência de seus presidentes.
Sua construção foi iniciada pelo comerciante português Alexandre Paulo de Brito Amorim para servir de residência a sua família.

Alexandre Amorim chegou a Manaus em 1851, pouco antes da instalação da Província e logo se tornou um dos mais importantes comerciantes da cidade. Falecido em 1881, foi vice-cônsul de Portugal, Cavaleiro da Ordem de Cristo e fundador da Companhia Fluvial do Alto Amazonas, tendo implantado a linha de navegação Manaus / Liverpool, na Inglaterra.

O comerciante não concluiu a construção do imóvel e, em 1867, já pertencendo ao Sr. Custódio Garcia, capitão da Guarda Nacional, o prédio foi comprado pelo presidente da província José Bernardo Michellis.

As obras foram concluídas no dia 25 de março de 1874 e, até 1875, o Palacete passou a abrigar simultaneamente várias repartições públicas: a Assembléia Provincial, a Repartição de Obras públicas, a Biblioteca Pública e o Liceu Provincial, atual Colégio Amazonense D. Pedro II.

O Palacete Provincial foi inaugurado oficialmente somente em 28 de fevereiro de 1875, quase um ano depois de haver sido dado como concluído. Nele moraram e cumpriram missões de governo os presidentes da Província do Amazonas até 1888.

A partir de 1892, o Palacete Provincial passou a ser comando da Polícia Militar, ficando conhecido popularmente por mais de cem anos como Quartel da Polícia Militar.

Restaurado entre 2007 e 2009, o Palacete Provincial está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Cultura e abriga o Museu de Numismática, o Museu da Imagem e do Som do Amazonas, a Pinacoteca do Estado, o Museu de Arqueologia, o Museu Tiradentes e o Ateliê de Restauro de Obras de Arte.

O Museu de Numismática Bernardo Ramos tem seu acervo constituído por valiosas coleções de moedas da Antiga Grécia, do Império Romano, do Brasil em seus períodos de Colônia, Império e República, além de moedas, cédulas, Medalhas e condecorações.

O Museu da Imagem e do Som do Amazonas objetiva resgatar, preservar e divulgar a produção regional da cultura amazônica, materializada pela imagem e pelo som – cinema, fotografia, música, televisão, rádio, revistas e outros – organizados em acervos museológicos, iconográficos, bibliográficos, arquivísticos,  audiovisuais e multimídia.

A Pinacoteca do Estado possui um acervo de aproximadamente mil obras de arte, nas mais diversificadas técnicas e de autoria de mais de 300 artistas diferentes, oferecendo um panorama abrangente da produção artística brasileira dos séculos XIX e XX, ilustrado, principalmente, por artistas regionais.

O Museu de Arqueologia trata dos acervos recolhidos no território do Estado do Amazonas e desenvolve, a partir da sua exposição, processo pedagógico de informação e orientação da população sobre o valor deste patrimônio.

O Museu Tiradentes foi constituído a partir da antiga sala de armas existente no Quartel da Polícia Militar e conta a história da corporação militar amazonense desde seus primeiros dias.

O Ateliê de Restauro de Obras de Arte dispõe de equipamentos para atividades técnicas de alto nível relativas à conservação e restauração de obras de arte e de acervos em papel e tecido.

O Palacete Provincial mantém ainda, conforme modelo identificado em 1900, o Gabinete do Comandante Geral da Polícia Militar do Amazonas, com mobiliário de época, e conserva os livros de registros individuais dos membros da corporação.


Fonte: Fundação Joaquim Nabuco
Assessoria

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