As embarcações foram doadas pelo MDS, através de convênio celebrado com o Governo do Amazonas e as prefeituras, e vão facilitar o deslocamento das equipes de assistência social na busca ativa de famílias ribeirinhas e extrativistas ainda não inclusas no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal.
Presente na cerimônia, o vice-governador do Amazonas, José Melo, disse que as embarcações vão levar programas sociais, como Bolsa Família, às comunidades isoladas. “O equipamento é extremamente importante, porém, mais importante que isso são as ações que foram traçadas em conjunto entre os governos Estaduais, Federal e as prefeituras, que vão permitir que essas embarcações cheguem nos mais longínquos locais, de difícil acesso, levando políticas públicas capazes de proporcionar, aos mais esquecidos, a aposentadoria, a Bolsa Família, entre outros benefícios”, disse Melo, após assinar o termo de doação e entregar, de forma simbólica, as chaves de uma das lanchas ao prefeito de Envira, Ivon Rates.
As embarcações são de alumínio industrial, com assentos, cobertas e contam com motor de popa de 27Hp. Serão usadas na busca ativa nas comunidades rurais e indígenas feitas pelas equipes volantes dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), que atuam no Serviço de Proteção e Atenção Integral às Famílias (Paif), dentro do Plano Brasil Sem Miséria.
Os municípios beneficiados nesta primeira fase são Parintins, Borba, Tabatinga, Lábrea, Manicoré, Tefé, Careiro, Benjamin Constant, Santa Isabel do Rio Negro, Nova Olinda, Fonte Boa, Carauari, Jutaí, Tonantins, Maraã, Atalaia do Norte, Tapauá, Boa Vista do Ramos, Envira, Guajará, Urucurituba, Itamarati, Alvarães, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Anamã, Silves, Anori, Apuí, Autazes, Barcelos, Barreirinha, Boca do Acre, Coari, Humaitá, Itacoatiara, Itapiranga, Juruá, Maués, Pauiní, São Gabriel da Cachoeira e Urucará.
Segundo a secretária Estadual de Assistência Social, Regina Fernandes, os municípios que não foram contemplados nesta primeira remessa vão receber as lanchas a parte do próximo ano. Para a secretária Nacional de Assistência Social (SNAS), Denise Colin, que representou o MDS no evento, a busca ativa com lanchas leva em consideração o transporte tradicional na região Amazônica e representa uma mudança de paradigma, onde o Estado vai até a população para levar os benefícios sociais. “A ideia é que a lancha seja o meio de transporte próprio da região nessas ações e, portanto, que as equipes da assistência social possam se deslocar até as comunidades, não só levando os benefícios, mas também captando as necessidades e as demandas de cada localidade. E a mudança de paradigma é que o Estado é quem tem que se deslocar até onde essa população está”.
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