sábado, 12 de janeiro de 2013

Cabo Maciel cobra base flutuante para impedir rota do tráfico de drogas que chega a Manaus


O vice-presidente do Fórum Legislativo do Norte, deputado Cabo Maciel defende a implantação urgente por parte da Secretaria de Segurança Pública, Força Nacional, Polícia Miliar e outros de base flutuantes nas calhas dos rios Amazonas, Solimões, Negro e no Baixo Amazonas para impedir que grande quantidade de droga chegue as escolas e casa das famílias em Manaus.


Por Jerson Aranha/CSP da ALEAM

Dep. Cabo Maciel mostra rota do tráfico na ALEAM

                O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas(ALEAM), deputado Cabo Maciel(PR), após o recesso legislativo formalizará denuncia ao Ministério Público Federal(MPF), para que apure a omissão dos gestores da Fundação Nacional do Índio(Funai) para adotar providencias no combate ao plantio, tráfico e uso dos indígenas como “mulas”dos traficantes na tríplice fronteira do Amazonas.
                As drogas adentram escolas, e as casas de centenas de famílias na capital e no interior do Estado, utilizam crianças e adolescentes induzem a corrupção e agora induzem pessoas idosas, maiores de 70 anos, a traficar.

                Para o líder do PR na ALEAM o Governo Federal deve investir mais na região com ações de combate ao tráfico de drogas: prevenção, repressão e tratamento dos usuários. 52,12% dos homicídios na Região Norte tem ligação direta com o tráfico.
                Cabo Maciel que também é vice-presidente da Região Norte do Fórum Legislativo garantiu que encaminhará ao Governo Federal que destine 10% de sua receita líquida para investimentos na Segurança Pública, sem que este percentual influa no percentual destinado ao pagamento dos salários dos profissionais de Segurança Pública.
Invasão do Óxi em Itacoatiara  

                Lembra Cabo Maciel que a CSP/ALEAM reiterou por diversas vezes a gravidade com que as drogas oriundas da fronteira internacional com os países andinos (Brasil – Colômbia – Peru –Venezuela – Paraguai ) de onde se originam 100% (cem por cento) das drogas comercializadas clandestinamente nas regiões brasileiras, em particular na Região Norte, no Estado do Amazonas, pela influência da tríplice fronteira.

 A questão da tríplice fronteira: Brasil, Colômbia e Peru, é a principal porta de entrada das drogas no Brasil.

Nos Estados do Norte do Brasil, o aumento de crimes ligados ao tráfico é cada vez maior, mas se comparada às demais regiões do país, podemos dizer que a situação ainda é a mais confortável. Em relação aos homicídios, o Estado de Rondônia, na fronteira com a Bolívia é o líder, cerca de 50% das mortes nas maiores cidades rondonienses está ligada a venda e ao uso de entorpecentes.
No Pará, na fronteira com a guiana inglesa registra em suas estatísticas que 46,21% dos assassinatos cometidos nos grandes centros urbanos paraenses são provocados pelo tráfico. Em nenhuma das cidades do Estado visitadas pelo Grupo UN, este número esteve abaixo dos 45% (grupoun@folha.com.br)
Presídios lotados: a maioria são aviões usados pelos
traficantes que não aparecem

                   No cenário da geopolítica global, o Brasil ocupa uma posição de relevância na complexa rede internacional do narcotráfico. O país possui cerca de 11.000 (onze mil) quilômetros de fronteiras, com fiscalização muito deficiente ou mesmo inexistente e alguns países vizinhos elencados entre os maiores produtores mundiais de drogas, oportunizam-se deste fato para adentrarem em solo brasileiro para livremente comercializarem as drogas, em sua maior parte da cocaína e seus derivados e maconha prensada.
Entre os maiores produtores mundiais, na faixa de fronteira com os países andinos temos os maiores produtores mundiais de drogas:
                Colômbia: 68 mil hectares - Maior produtor mundial de cocaína.
                   Peru: 59,9 mil hectares - Segundo maior produtor de cocaína. Seguida a tendência atual, deverá superar a Colômbia nos próximos anos.
                Bolívia: 30,9 mil hectares - Terceiro maior produtor mundial de cocaína.
                Paraguai: Quarto maior produtor mundial de maconha, atrás apenas do México.
                O que leva os países andinos a produzir tanta droga são essencialmente questões econômicas. A maior parte dos que se dedicam aos cultivos não são narcotraficantes, mas produtores rurais miseráveis, vislumbrando um lucro superior ao que obteriam caso se dedicassem a plantações tradicionais de hortifrutigranjeiros.

Indígenas com mais 70 anos

 Rota das Drogas no Estado do Amazonas pela fronteira internacional com a Colômbia:
Rota 1 – Letícia, Tabatinga, Fonte Boa, Manaus, Itacoatiara, Parintins/AM.
Rota 2 – Letícia, Fonte Boa, Manaus, Itacoatiara, Urucurituba, Maués, Parintins/AM.
Rota 3 – São Paulo de Olivença, Fonte Boa, Manaus, Itacoatiara, Urucurituba, Maués, Parintins/AM.
Rota 4 – Fonte Boa, Alvarães, Tefé, Coari, Codajás, Anori, Anamã, Manacapuru, Iranduba, Careiro da Várzea, Manaus/AM.
Rota 5 – Fonte Boa, Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Guajará/AM.
 Rota das drogas no Estado do Amazonas pela fronteira internacional com o Peru:
Rota 6 – Letícia, Fonte Boa, Itacoatiara, Parintins/AM.
Rota 7 – Benjamin Constant, Fonte Boa, Itacoatiara, Parintins/AM.
Rota 8 – São Paulo de Olivença, Fonte Boa, Itacoatiara, Parintins/AM.
Rota 9 – Fonte Boa, Alvarães, Tefé, Coari, Codajás, Anori, Anamã, Manacapuru, Iranduba, Careiro da Várzea, Manaus/AM.
Rota 10 – Fonte Boa, Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Guajará/AM.
Cabo Maciel tem realizado audiências pelo interior do Estado

            Observa-se que o ponto em comum no alto Solimões é o município de Fonte Boa/AM, tendo como ponto estratégico a confluência (intercessão) dos Rios Solimões e Juruá, no qual a Comissão de Segurança Pública da ALEAM sugeriu a instalação da primeira base flutuante de fiscalização permanente pela Polícia Militar do Amazonas com o reforço da Força Nacional de Segurança Pública, coibindo-se a escoação do tráfico de drogas para os municípios afetados nas 10 (dez) rotas acima, oriundas da tríplice fronteira.
            No baixo Amazonas, temos como ponto em comum o município de Itacoatiara-AM pelo Paraná do Ramos como ponto estratégico, para a instalação da segunda base flutuante de fiscalização permanente pela Polícia Militar do Amazonas com o reforço da Força Nacional de Segurança Pública, por ser a porta de entrada das drogas para os municípios do baixo Amazonas.
As drogas chegam de barcos na cidade

                No alto Solimões, por terra, na cidade de Tabatinga-Am, fronteira com a cidade de Letícia na Colômbia, em caráter de urgência precisa ser instalado um comando especial de fronteira, a fim de coibir, em conjunto com a Polícia Federal e o Exército Brasileiro(EB), o tráfico de armas, de pessoas, de drogas, e de órgãos humanos, denunciados por um l[ider indígena da etnia Ticuna, através de depoimentos colhidos por ocasião da 13ª Assembleia Itinerante, no município de Tabatinga/Am.

                Destaca ainda Cabo Maciel, já dentro do território do Amazonas, o ponto em comum, localiza-se no município de Fonte Boa/AM, onde o parlamentar sugeriu a instala;ao de uma base flutuante, na confluência dos rios Solimões e Juruá/Am, sob a responsabilidade da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança Pública, vedando a passagem das drogas pelo ponto estratégico, protegendo os municípios do Médio Solimões e do Juruá/Am.
Policia deve ser reforcada nas fronteiras

                No Baixo Amazonas – explica Cabo Maciel – outro ponto estratégico, posiciona-se no município de Itacoatiara/AM, na bifurcação do rio Amazonas e o Paraná do Ramos(rota alternativa que liga ao Estado do Pará/PA), onde sugeriu-se a instalação da 2ª base flutuante, nos mesmos moldes da primeira, protegendo os municípios do Baixo Amazonas.
                Ainda no Baixo Amazonas, no limite entre o município de Parintins/AM e a cidade de Juruti/PA, o presidente da CSP sugeriu a instalação da 3ª base flutuante, sob responsabilidade da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança Pública, vedando a entrada das drogas no Baixo Amazonas.

                Os municípios Amazônicos, em razão de sua grande extensão e o reduzido policiamento, tanto da Policia Militar, quanto da Polícia Civil aliada as inúmeras comunidades, com acesso unicamente pelos rios e lagos, tem sido um facilitador para a ação de narcotraficantes, os quais não tem escrúpulos nenhum, utilizando crianças, adolescentes  no comércio das drogas, as quais são utilizados como “aviões”(pequenos vendedores e depois tornam-se usuários e dependentes químicos, destruindo centenas de famílias, além do tráfico ser o responsável por quase toda a totalidade dos homicídios praticados com armas de fogo.
Cabo Maciel mostra os pontos de passagem da droga

                Destaca ainda Cabo Maciel outra característica dos narcotraficantes, ratificada com a apreensão realizada pelo 3º BPM/Tefé – (Batalhão Solimões), é a utilização de pessoas idosas, como se vê no referido fato concreto, uma vez que, o maior de 70 (setenta) anos, na prática de crimes o prazo prescricional é reduzido pela metade, para o maior de 70 (setenta) na data da sentença, ou seja, o tempo da pena para fins de prescrição prevista no art. 109 do CP, no caso de maior de 70 anos, será reduzida pela metade, assim no caso da apreensão feito pelo Major Norte no município de Maraã/Am, os dois indígenas maiores de 70 anos, se denunciados pelos art. 34 da Lei 11.343 de 23 de agosto de 2008, cuja pena culminada não ultrapassa 10 (dez) anos de reclusão, cuja prescrição  ocorrerá em 16 anos (art. 109 do CP), reduzido pela metade não ultrapassa 8 (oito) anos, podendo reduzir ainda mais, em razão da circunstancia atenuantes e da condição da pessoa, no caso, por tratar-se de indígenas, que dependendo do seu grau de aculturamento poderá até ser considerado inimputável. 
Atualmente o tráfico de drogas abrange o tráfico de armas, de pessoas e de órgãos humanos, sendo estes males os piores a serem combatidos atualmente, conclui o presidente da Comissão de Segurança Pública.

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