sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tráfico deixam instituições de segurança na berlinda

Cabo Maciel pede reforço na triplice fronteira

As ações da Polícia de Choque do Amazonas, Força Nacional e Polícia Federal, realizando blitz dentro das aldeias indigenas das etnias ticuna, no município de Tabatinga tem confirmando o levantamento realizado pelos membros da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado, após ouvir lideranças comunitárias e indigenas da região. O fato foi denunciado pelo deputado Cabo Maciel e os resultados estão aparecendo com grandes apreensões de drogas e armas."O Governo não dá dinheiro para índio, o Exército também não dá dinheiro, mas as Farcs dá dinheiro para índio". A revelaçãoé de um líder ticuna que revelou também que os índios já estão acostumados a conviver com dinheiro. 

Uma das armas usada pelos bandidos

O deputado Cabo Maciel (PR), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), fez uma rápida comparação sobre o armamento utilizado pelas organizações criminosas do tráfico em comparação com a Polícia Militar e essa comparação é reveladora sobre os meandros do mercado nacional e fronteiriço de armas de fogo no Brasil. E colocam na berlinda instituições como o Exército e o Itamaraty.
Metralhadoras modernas nas mãos erradas
Com base em informações da CPI do armamento o relatório feito a partir da realização da 13ª. Reunião Itinerante realizada no município de Tabatinga trouxe informações inéditas obtidas com o rastreamento de diversas armas que já foram apreendidas pela Força Nacional, Polícia de Choque e Polícia Federal.
Ao mesmo tempo, foi realizado o levantamento do perfil (nacionalidade, tipo de arma, calibre e situação legal) de 146.663 armas apreendidas pelas polícias dos Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Armas usadas pela PMAM
Segundo a pesquisa “Brasil: as armas e as vítimas”, circulam no Brasil mais de 17 milhões de armas de fogo - 90% delas em mãos civis. Desse montante, mais da metade são armas ilegais, das quais se calcula que 46% (quase quatro milhões) estão nas mãos de criminosos. "As armas dos homens de bem vão para os braços dos homens do mal", afirma a pesquisa, acrescentando que "bandido também compra arma em loja porque não há controle".
PMAM: Armas usadas hoje
Outra constatação foi a de boa parte das armas desviadas vêm das empresas de segurança privada e, o mais surpreendente, 18% das armas rastreadas pelas fábricas tinham sido vendidas para órgãos do Estado - 71% para as forças de segurança pública e 27% para as Forças Armadas. “Isto é, membros de organismos criados e financiados para proteger a sociedade são grandes fornecedores de armamento para aqueles que a agridem”, revela o documento. "Comprovou-se o que já se suspeitava: policiais corruptos vendem armas para o crime organizado no Brasil", afirma o relatório.

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