terça-feira, 10 de julho de 2012

Cabo Maciel denuncia escala de serviço do Ronda no Bairro


A escala cumprida hoje pelos policiais do Ronda do Bairro está afetando o lado social, a família e sobretudo a saúde dos militares.

Dep. Cabo Maciel apresenta um proposta de escala

O deputado estadual Cabo Maciel (PR) denunciou na Sessão Plenária desta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), a escala de serviço exaustiva de serviço exercida pelos policiais que atuam no programa Ronda no Bairro.
O parlamentar afirmou que a insatisfação na categoria é grande e que vem recebendo inúmeras denúncias em seu gabinete. “O governo do Estado não sabe a metade do que está ocorrendo dentro das unidades. A escala prevista no Ronda é de três dias de trabalho e um de folga; três dias trabalhando e dois de folga e a equipe noturna, trabalha duas noites e folga duas. Mas é preciso que o governo do Estado, o secretário George Tasso e o coronel Amadeu Soares (secretário executivo do programa Ronda no Bairro) façam uma avaliação, pois os policiais nessa folga estão sendo chamados, sem constar em escala de serviço para instrução e para educação física e ainda para fazer o GTE (Gratificação por Trabalho Extra) para ter o acréscimo no salário”, contou.
O gerenciamento faz escalas a beira da escravidão

De acordo com o deputado, a rotina de trabalho vem expondo os policiais ao risco de acidentes graves e também de problemas de saúde. “É preciso que a escala de serviço seja reavaliada, pois temos policiais que dormiram enquanto dirigiam viaturas e outros estão fazendo tratamento psicológico porque estão trabalhando sob pressão”, informou.
Cabo Maciel disse que possui um estudo técnico que normalizaria a escala de serviço dos integrantes do programa Ronda no Bairro e ainda permitiria parte desses policiais atuar em outras atividades. Esse projeto, segundo o parlamentar, foi protocolado nesta manhã para o conhecimento da Secretária de Segurança do Estado e do Comando Geral da Polícia Militar.
“Também levarei ao conhecimento do governador Omar Aziz, pois sei que esse não é o projeto que ele quer para a segurança pública do Estado. Irei levar, também, o nome das pessoas que estão fazendo do projeto um ‘cavalo de batalha’ junto da categoria. Espero que esse estudo seja avaliado com carinho porque o policial trabalhando como está hoje, dentro de um ano, estará com problemas psicológicos”, observou.

2 comentários:

Anônimo disse...

A respeito da escala de serviço do RONDA NO BAIRRO, o que está acontecendo é um verdadeiro desrespeito a integridade física e psicológica dos policiais. Esse pensamento tem que ser exterminado da nossa instituição,o policial não vive para apolicia, ele apenas tem na policia seu meio de sustento. Do jeito que está estão transformando pessoas em verdadeiras bombas relógio e quando os problemas começarem vai faltar é espaço em jornais pra tanta denúcia. E por falta de proficionais capacitados o único remédio que a PM tem é dar uma dose de 30 dias de prisão á policiais que estão com stresse e quando voltam o problema é pior.Temos que ter um apoio médico diferenciado porque nossa atividade é delicada e o policial sem estrutura psicológica não atenderá com com qualidade a nossa sociedade.

Anônimo disse...

Os policiais convocados para frequentar o curso de nivelamento do Ronda no Bairro estão recebendo ordem para cumprirem escala extra no fim de semana pelas unidades onde servem. Passam a semana inteira frequentando o curso que é em regime integral e no fim de semana vão cumprir escala de serviço. Como podem se dedicar ao aprendizado se até quando estão se aperfeiçoando profissionalmente são injustiçados pelo comando. Lembrando que o fato além de prejudicar o ensino, fere a dignidade do policial, pois o impede de ter pelo ao menos um dia de folga para passar com a família.